Na contra-mão...

Atendendo a pedidos aqui estou. Pedidos? Cada dia mais ouço que ninguém entende o que está escrito aqui. Será mesmo? Ninguém? Nenhum anjo para entender meus devaneios? Temo que hajam poucos leitores de mente aberta (talvez olhos também) que possam entender. Mas, essa é outra coisa, o que importa é: quem sou eu hoje? Nem eu mesmo sei, quem dirá os outros.

Mas lá ia eu na contra-mão de tudo, remando contra a maré, quem disse que daria errado? Pois é, um monte de coisas sempre acabam dando errado - e quem disse que eu me importo? Todo mundo em sã consciência acha que eu me importo. Então, as coisas mudam, as noites passam, eu me importo - mas não tanto. Tenho comigo que os créditos e débitos de minha vida são bem diferentes - ganho muito mais do que perco - vivo muito mais do que morro a cada dia. Isso sim vale, então a contra-mão nem sempre é a mão errada. Remar contra a maré às vezes pode salvar uma vida, às vezes pode fazer de uma vida uma vida nova.

É amigos (como diria Sal em manhãs chuvosas), remem contra, façam o que tiver que ser feito. Ontem já passou, amanhã, amanhã poderá ser muito melhor se você arriscar um pouco. Arrisque, lute, reme contra - seja feliz - isso sim é o que vale, sem leviedades.

Quem sou eu hoje? Um carro guiado com todo o cuidado, mas na contra-mão - acredite se quiser, pode funcionar.

Para minhas primas do coração, para alguém especial que um dia (talvez hoje?) me espera no fim da estrada (na contra mão).